terça-feira, 4 de setembro de 2012

House, a ex-série

House acabou antes de chegar ao fim. Até a 6ª temporada ainda ganhou uma sobrevida graças ao talento de Hugh Laurie, principalmente. Mas a partir daí a série descambou, perdeu o rumo, o brilho, o seu maior trunfo; quando começou a se tornar um seriado arrastado, como o xexelento Lost, acabou-se o encanto! Que saudades da acidez de G. House, dos embates dele com Foreman (um quase-House, que sempre tentava sê-lo, mas faltava-lhe a fagulha do gênio), do puxasaquismo – e eventual brilhantismo – de Chase, da sensibilidade e delicadeza de Cameron... Sempre digo que uma série deve ser encerrada no auge, para depois restarem apenas as lembranças agradáveis, mas House extrapolou. Uma pena. O jeito é remexer a minha caixa de DVDs e uma vez mais me deleitar com uma seleção de episódios que fizeram desta uma das melhores séries de todos os tempos, antes da melancolia das temporadas subsequentes.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Meia-noite em Paris

Meia-Noite em Paris pegou-me de surpresa: quantas vezes já alardeei aqui e alhures que eu seria mais feliz se tivesse vivido em outra época? Essa é a pergunta que meus botões se faziam há anos e que, depois de sentir a experiência do filme, insiste agora em emudecer. Não por completo, obviamente, mas decerto se despir do saudosismo é uma maneira interessante de tentar se livrar de alguns demônios. Só mesmo Woody Allen para trazer à baila um entrevero como esse, que por longas alvoradas teima em revisitar a nossa mente, deixando-nos com aquela sensação de não lugar, o cronologicamente errado a ditar o quando e o como agir, em detrimento do simples viver o agora... Afinal é para isso mesmo que estamos nessa vida doida de cada dia! Ao mestre, meu muito obrigado por me ensinar a deixar o passado lá, nos recônditos, nas meras e deliciosas lembranças...