Adquiri recentemente um livro volumoso intitulado 1001 filmes para ver antes de morrer (infelizmente creio que morrerei antes de ver todos, pois são muitos e alguns, extremamente difíceis de encontrar).
Trata-se de um bom guia para quem procura um ótimo filme; as indicações são bem variadas, com produções de todos os gêneros, para todo tipo de público (saudosista, intelectual, clássico, descompromissado etc.), mas é inegável que o editor conseguiu compilar o que há de melhor em termos de cinema, e as indicações estão organizadas por ordem cronológica, com páginas ilustradas, o que deixou o formato bem interessante (apenas ainda não tive a paciência de contar se são realmente 1001 filmes!).
Não poderia deixar de compartilhar, entretanto, um erro bisonho cometido por uma das resenhistas, que escreveu sobre O poderoso chefão. A desavisada, talvez por um lapso, comenta que Don Corleone foi assassinado a tiros, motivo que leva Michael Corleone a realizar sua vendeta(!); oras, eu que deveria cometer uma vendeta contra a figura que escreveu uma bobagem dessas!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
SOS Sicko
Um filme, uma denúncia
Sempre gostei de Michael Moore. Não pelo modo panfletário (e às vezes sentimentaloide) que em alguns momentos imprime à suas denúncias, mas pela relevância das feridas em que toca, derrubando certos preceitos em que, aqui e alhures, os fariseus da política nos fazem acreditar.
Impressionante constatar que o mendaz sistema de saúde estadunidense padece de problemas de fazer "inveja" a qualquer desdito político brasileiro. A gana de empresas de planos de saúde e de laboratórios inescrupulosos é aqui escancarada, compondo um rol de tortura de uma sociedade que se diz democrática, mas que de fato apresenta velados traços de regimes fascistas (aspecto sobre o qual o personagem de Michael Douglas, no filme Wall Street, tece relevante comentário).
Testemunhamos a cobrança de 12 mil dólares por um reimplante de parte de um dedo acidentalmente decepado; vemos o chocante despejo de pacientes com roupas hospitalares no meio do downtown de Los Angeles, em pleno dia; assistimos estupefatos às declarações de políticos americanos tecendo loas aos "heróis do 11 de setembro", mas que são responsáveis por um sistema atroz o qual nega aos heróis tratamentos de problemas de saúde oriundos justamente da ajuda – voluntária – no fatídico ataque terrorista de 2001.
O passeio de Moore pelo Canadá, pela Europa e por Cuba é a prova cabal da ineficiência no provimento de saúde em um país que fez da acumulação do capital e da coação do seu povo sua pedra angular e que vergonhosamente se autointitula um país livre; isso a certa altura é sintetizado nas sábias palavras de uma cidadã americana que reside na França: “aqui, o governo tem medo do povo; nos EUA, o povo tem medo do governo.” Bela democracia, seu Tio Sam!
Sempre gostei de Michael Moore. Não pelo modo panfletário (e às vezes sentimentaloide) que em alguns momentos imprime à suas denúncias, mas pela relevância das feridas em que toca, derrubando certos preceitos em que, aqui e alhures, os fariseus da política nos fazem acreditar.
Impressionante constatar que o mendaz sistema de saúde estadunidense padece de problemas de fazer "inveja" a qualquer desdito político brasileiro. A gana de empresas de planos de saúde e de laboratórios inescrupulosos é aqui escancarada, compondo um rol de tortura de uma sociedade que se diz democrática, mas que de fato apresenta velados traços de regimes fascistas (aspecto sobre o qual o personagem de Michael Douglas, no filme Wall Street, tece relevante comentário).
Testemunhamos a cobrança de 12 mil dólares por um reimplante de parte de um dedo acidentalmente decepado; vemos o chocante despejo de pacientes com roupas hospitalares no meio do downtown de Los Angeles, em pleno dia; assistimos estupefatos às declarações de políticos americanos tecendo loas aos "heróis do 11 de setembro", mas que são responsáveis por um sistema atroz o qual nega aos heróis tratamentos de problemas de saúde oriundos justamente da ajuda – voluntária – no fatídico ataque terrorista de 2001.
O passeio de Moore pelo Canadá, pela Europa e por Cuba é a prova cabal da ineficiência no provimento de saúde em um país que fez da acumulação do capital e da coação do seu povo sua pedra angular e que vergonhosamente se autointitula um país livre; isso a certa altura é sintetizado nas sábias palavras de uma cidadã americana que reside na França: “aqui, o governo tem medo do povo; nos EUA, o povo tem medo do governo.” Bela democracia, seu Tio Sam!
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